A ilha de Barbados quer se tornar uma república e remover a rainha Elizabeth II, da Grã-Bretanha, como chefe de Estado. Segundo a Reuters, a ilha caribenha terá um presidente, mas não está claro se deixará a Commonwealth, comunidade britânica de nações.
Barbados conquistou a independência em 1966, mas manteve o vínculo frouxo, mas formal, com a coroa britânica. É o caso de países como o Canadá e a Austrália, que pertencem à Commonwealth, que conta com 54 países e é chefiada pela rainha Elizabeth.
“Está na hora de deixar totalmente o passado colonial para trás”, disse a governadora da ilha, Sandra Mason.
O objetivo do governo é fazer da ilha uma República até novembro de 2021, aniversário de 55 anos da independência. “Essa é a declaração de confiança em quem somos e no que somos capazes de alcançar”, disse Mason.
Em nota, o Palácio de Buckinghan afirmou que a ilha é independente para tomar a decisão. “Temos uma parceria duradoura e continuaremos a trabalhar com eles e com todos os nossos valiosos parceiros caribenhos”, disse um porta-voz.
Histórico colonial
Os países de Trinidad e Tobago, Dominica e Guiana foram o exemplo à decisão de Barbados se tornar uma República. Os três países continuam parte da Commonwealth.
A ilha de Barbados foi tomada em 1625 e disputada por espanhóis, holandeses, franceses e norte-americanos.
O local era muito utilizado para a produção de cana-de-açúcar. Logo tornou-se uma “parada” para o tráfico transatlântico de africanos, capturados para servirem como escravos.