Ministros de Energia da UE aprovam proibição de motores de combustão a partir de 2035

Os países da União Europeia deram a aprovação final na terça-feira a uma lei histórica para acabar com as vendas de carros novos que emitem CO2 em 2035, depois que a Alemanha ganhou uma isenção para carros movidos a combustíveis eletrônicos

Os ministros de Energia da União Europeia (UE) aprovaram nesta terça-feira (28) uma lei que proíbe motores de combustão para carros novos a partir de 2035. As informações são do jornal Times of India.

“O Conselho (da UE) adotou hoje um regulamento que estabelece padrões de desempenho de emissão de CO2 mais rígidos para carros e vans novos”, disse um comunicado do bloco econômico.

A decisão tem o objetivo de reduzir “as emissões do transporte rodoviário” e impulsionar “a indústria automotiva a mudar para a mobilidade de emissão zero, garantindo a inovação contínua”, acrescentou o comunicado.

De acordo com as novas regras, os carros novos devem emitir 55% menos CO2 e as vans 50% de 2030 a 2034 em relação aos níveis de 2021. A partir de 2035, apenas os novos carros e vans podem ser vendidos na UE com emissão zero de CO2, o que significa uma proibição total da comercialização de novos veículos com motor de combustão.

Cano de escapamento de um carro é retratado no contexto urbano (Foto: Pexels/Divulgação)

O regulamento também contém incentivos para que os fabricantes de automóveis comecem a produzir carros com zero ou baixas emissões a partir de 2025.

“A direção da viagem é clara: em 2035, carros e vans novos devem ter emissões zero”, disse o chefe de política climática da UE, Frans Timmermans.

A votação ocorre três semanas depois do planejado, depois que o Ministério dos Transportes da Alemanha apresentou oposição de última hora à lei, ameaçando inviabilizar a principal política da UE de alinhar os carros com suas metas de mudança climática. Berlim teve apoio da Itália, Polônia e Bulgária.

A Comissão Europeia se comprometeu, no entanto, a criar isenção para motores movidos a combustíveis eletrônicos sintéticos considerados neutros em carbono, mediante pedido da Alemanha.

O ministro dos transportes da Alemanha, Volker Wissing, disse que o acordo “abrirá opções importantes para a população em direção a uma mobilidade acessível e neutra em termos de clima”.

Os combustíveis eletrônicos são produzidos sintetizando as emissões de CO2 e hidrogênio capturados.

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