Na sexta-feira (12), o Ministério das Relações Exteriores da Polônia anunciou que está acompanhando a colaboração entre China e Belarus, após relatos de exercícios conjuntos das forças chinesas próximos à fronteira polonesa. As informações são do portal VOI.
“Estamos observando atentamente a cooperação de longo prazo entre Beijing e Minsk, pois ela pode ter um impacto significativo na segurança da Polônia”, afirmou o ministério em um comunicado à agência de notícias estatal PAP.
O ministério polonês expressou “preocupação” com o aumento da cooperação militar entre Beijing, Moscou e Minsk. Isso porque o Ministério da Defesa belarusso está conduzindo o exercício Eagle Assault 2024, que inclui treinamento em assalto aéreo, travessia de rios e combate urbano.
O exercício começou nesta segunda-feira (15) na região de Brest, a 64 km da fronteira com a Ucrânia, e contará com a presença de mais de 100 soldados chineses até 19 de julho.
Na semana passada, durante a cúpula em Washington, o chefe da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, afirmou que os exercícios conjuntos da China com forças belarussas em belarus são parte de uma tendência crescente de aliança entre regimes autoritários, e ressaltou a crescente influência da China na Europa, África e no Ártico.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, declarou que as manobras militares entre os países não são dirigidas contra nenhuma nação em específico e que as autoridades chinesas esperam que a Polônia e Belarus “resolvam suas diferenças” por meio de diálogo e consultas.
O autoritário líder belarusso, Alexander Lukashenko, estreitou laços com a Rússia e a China, permitindo a movimentação de armas nucleares russas para Belarus e ingressando na Organização de Cooperação de Xangai (OCX), voltada para a segurança na Ásia Central e apoiada por China e Rússia, que é vista como uma alternativa aos grupos liderados pelo Ocidente. Irã, Paquistão e Índia também são membros.