Reino Unido e Holanda concordam em formar ‘coalizão internacional’ para ajudar a Ucrânia a adquirir caças

Durante conversa com seu homólogo holandês, o primeiro-ministro britânico reiterou sua crença de que "o lugar de direito da Ucrânia é na Otan"

Na terça-feira (16), o governo britânico anunciou que o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e seu homólogo holandês, Mark Rutte, concordaram em “unir esforços para estabelecer uma coalizão internacional” com o objetivo de fornecer caças F-16 à Ucrânia. As informações são do jornal britânico The Guardian.

Segundo um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro britânico, Sunak e Rutte tiveram conversas sobre o apoio internacional a Kiev. Além disso, Sunak abordou a visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao Reino Unido, ocorrida na segunda-feira (15).

“O primeiro-ministro e o primeiro-ministro Rutte concordaram que trabalhariam para construir uma coalizão internacional para fornecer à Ucrânia capacidades aéreas de combate, apoiando em tudo, desde treinamento até a aquisição de jatos F-16”, disse o comunicado.

Sunak e Zelensky tiveram encontro na segunda-feira (Foto: UK Government/Divulgação)

Na segunda, Zelensky realizou um encontro individual não previamente anunciado com Sunak em Chequers, a residência rural do primeiro-ministro, chegando ao local por meio de um helicóptero. Essa foi a segunda visita do líder ucraniano ao Reino Unido desde o início do conflito com a Rússia. Anteriormente, ele também fez uma visita não anunciada ao país em fevereiro.

Após a reunião, Zelensky, ao lado de Sunak, mencionou que eles discutiram a questão dos aviões de combate, destacando a importância de ter controle sobre o espaço aéreo. O ucraniano expressou otimismo em persuadir os Estados Unidos e outras nações ocidentais a fornecerem aeronaves para seu país.

“Falamos sobre isso e vejo que em breve vocês ouvirão algumas decisões, acho, muito importantes, mas temos que trabalhar um pouco mais nisso”, disse.

Durante as discussões, Sunak reafirmou sua convicção de que “a Ucrânia tem um lugar legítimo na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte”, conforme destacado no comunicado. Além disso, tanto o britânico quanto o holandês concordaram sobre a importância dos aliados em fornecer assistência de segurança de longo prazo à Ucrânia, a fim de garantir sua capacidade de impedir futuros ataques.

Na reunião, a Grã-Bretanha também prometeu fornecer “centenas de drones de ataque”.

Quando questionado posteriormente na segunda-feira se Washington haviam alterado sua posição em relação ao fornecimento de jatos à Ucrânia, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, respondeu de forma concisa: “Não”.

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