Senador americano sugere que pilotos dos EUA aposentados operem F-16 da Ucrânia

Durante visita a Kiev na segunda-feira, Lindsey Graham sugeriu que Kiev poderia recrutar pilotos dispostos a "lutar pela liberdade"

O senador republicano pelo estado da Carolina do Sul, Lindsey Graham, sugeriu que pilotos aposentados de F-16 poderiam ajudar a Ucrânia na guerra contra a Rússia. Durante sua visita à capital ucraniana na segunda-feira (12), ele afirmou que Kiev poderia recrutar esses pilotos para operar os caças doados pelo Ocidente, desde que estivessem dispostos a “lutar pela liberdade”. As informações são da Newsweek.

“Pilotos aposentados de F-16 dispostos a lutar pela liberdade podem ser contratados pela Ucrânia. A Ucrânia buscará entre os países da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] por pilotos aposentados que estejam disponíveis para ajudar até que possa treinar seus próprios pilotos”, afirmou o senador após conversar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, conforme relatado por veículos de mídia, incluindo os jornais russos Izvestia e Vedomosti. Ele não especificou que os pilotos fossem dos EUA.

“Minha mensagem é clara: precisamos estar totalmente comprometidos”, acrescentou Graham. “Em 2024, espero ver isso realizado. Estou pedindo ao presidente [dos EUA] Joe Biden que, antes de deixar o cargo, assegure que essa oferta seja feita”.

Lindsey Graham, senador republicano pela Carolina do Sul (Foto: WikiCommons)

No começo do mês, Zelensky confirmou que o primeiro lote de F-16, estimado em cerca de seis aeronaves, chegou à Ucrânia e já está em operação na força aérea do país.

Um assessor de Graham encaminhou à reportagem uma declaração na qual o senador disse que Zelensky pretende recrutar pilotos aposentados de F-16 da Otan para reforçar a Força Aérea da Ucrânia. Graham apoiou a ideia, afirmando que, assim como há combatentes voluntários em terra, deveria haver uma força semelhante no ar.

Zelensky tem pedido há muito tempo aos aliados ocidentais que forneçam jatos de combate avançados para ajudar na guerra contra a Rússia, que está em seu terceiro ano. O treinamento para pilotar esses jatos será realizado fora da Ucrânia.

Em julho, Antony Blinken anunciou que aliados da Otan começaram a enviar jatos fabricados nos EUA para a Ucrânia, com o objetivo de reforçar a defesa contra a Rússia. Recentemente, caças F-16 foram avistados sobre a linha de frente na região de Kherson. Pavlo Filipchuk, um servidor do Kremlin, alegou que estavam sobrevoando Kakhovka para causar pânico.

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