Chefe da diplomacia europeia cita derrota na Síria como sinal de fragilidade da Rússia

Kaja Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia, afirmou que a união da Europa é essencial para manter sua força e relevância no cenário internacional

Na quinta-feira (20), durante a cúpula do Conselho Europeu em Bruxelas, Kaja Kallas, principal diplomata da União Europeia (UE), destacou questões relacionadas à Rússia e à recente mudança de poder na Síria. A reunião abordou dois temas centrais: o apoio da UE à Ucrânia e o papel do bloco no cenário global. As informações são do Politico.

Kallas afirmou que “a Síria mostra que a Rússia não é invencível” e enfatizou a importância de os países da UE reconhecerem sua força coletiva. A declaração foi feita no contexto da recente queda do regime sírio de Bashar al-Assad, derrubado em 8 de dezembro por grupos rebeldes após 13 anos de guerra civil. Durante o conflito, o Kremlin desempenhou papel significativo como aliada de Assad.

Kaja Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia (Foto: Estonian Presidency/Flickr)

Os líderes da UE consideraram o colapso do regime sírio “um desenvolvimento positivo”. Além disso, Kallas apontou que o evento evidenciou fragilidades entre os apoiadores de Assad, incluindo Rússia e Irã.

Kaja destacou que o mundo está atento às ações da União Europeia diante dos eventos globais. Ela apontou o confronto entre duas visões: uma ordem mundial onde o poder se impõe pela força e a abordagem da UE, que defende um sistema baseado em regras e no respeito ao direito, impedindo que os mais fortes imponham sua vontade arbitrariamente.

Na segunda-feira (16), durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE, foi anunciado que o bloco planeja avaliar possibilidades de cooperação com a nova liderança síria. Uma das iniciativas em análise é o encerramento das bases militares russas no território sírio.

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