As autoridades russas confirmaram na última quinta (24) que o vazamento de óleo em maio deste ano em uma planta da empresa Nornickel em Norilsk, na Sibéria, foi o maior já documentado.
Foram cerca de 21 mil toneladas de óleo lançadas nas proximidades da planta de uma subsidiária da Nornickel no dia 29 daquele mês, após o rompimento de um tanque de diesel.
O vice-ministro de Emergências russo, Alexander Chupriyan, afirmou à agência russa RIA Novosti, que “nunca na história da humanidade houve um vazamento dessa quantidade de diesel líquido”.
Segundo a RIA, o governo estimou o prejuízo em cerca de 148 bilhões de rublos, ou cerca de US$ 2 bilhões.
A empresa recorreu, afirmando que o desastre causou danos de ordem sete vezes menor: 21,4 bilhões de rublos, ou US$ 290 milhões.
A Nornickel também financiou estudos cuja conclusão foi a de que “a microflora das águas estudadas se adaptou aos produtos com óleo e pode participar em sua decomposição”.
Já Chrupriyan afirmou que foi necessário criar barreiras de contenção do óleo no Ártico para diminuir o forte impacto ambiental do vazamento.
À época, o governo chegou a declarar estado de emergência. O presidente Vladimir Putin criticou na televisão o dono da empresa, Vladimir Potanin, depois que a Nornickel omitiu o acidente por dois dias das autoridades de Krasnoyarsk, onde fica Norilsk.