Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONUNews, da Organização das Nações Unidas
Por ocasião do Dia Mundial da Língua Portuguesa, celebrado neste 5 de maio, o secretário-executivo da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) disse esperar um avanço robusto no número de falantes do idioma.
Em mensagem para a ONU News, de Lisboa, Francisco Ribeiro Telles listou os fundamentos para esse crescimento. A língua portuguesa é hoje a quinta língua mais falada no mundo, a primeira no Hemisfério Sul e uma das línguas mais usadas na internet e nas redes sociais.
“O português apresenta um forte crescimento, sobretudo na África, e poderá quase duplicar seus atuais 260 milhões de falantes até ao final do século”, disse. “Se hoje a nossa língua tem um considerável valor estratégico, geopolítico, econômico e cultural, essas projeções permitem prever um futuro auspicioso para o nosso idioma comum nas próximas gerações”.
A proclamação da comemoração global foi adotada em 2019 sob proposta dos Estados-membros do bloco lusófono que são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Todos os 193 países que integram a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) participam da celebração. Telles reconhece os progressos na internacionalização da língua, mas ressalta que há mais espaço para o bloco lusófono fazer mais e melhor.
Avanços
“Os avanços notáveis da CPLP, bem como a afirmação crescente dos seus Estados-membros no contexto internacional, tornaram a nossa organização um importante polo de atração ilustrado pelo aumento dos seus observadores associados”, apontou.
Ao mesmo tempo em que comemora o seu 25º aniversário, a organização deve saber responder ao repto lançado em 1996 de concretizar em ações e realidade o sentimento de pertença a este espaço singular que é a nossa comunidade, disse ele.
A data já era comemorada como o Dia Internacional da Língua Portuguesa depois de ter sido declarada pelos países lusófonos em 2009. A circulação de pessoas no espaço livre é uma das questões mais recentes da organização, que promove a integração e avanço econômico de seus membros.