O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, e outros líderes da entidade prestaram tributo ao arcebispo Desmond Tutu, que morreu aos 90 anos no domingo (26), na Cidade do Cabo, na África do Sul. O português classificou o líder sul-africano, ativista anti-apartheid e pelos direitos humanos, como uma “voz inabalável para os que não têm voz”.
“O arcebispo Tutu foi uma figura global imponente pela paz e uma inspiração para gerações ao redor do mundo”, disse Guterres. “Durante os dias mais sombrios do apartheid, ele foi um brilhante farol pela justiça social, liberdade e resistência não violenta”.
Guterres também elogiou a “determinação incansável” do arcebispo Tutu para a construção de uma solidariedade global em prol de uma África do Sul livre e democrática, que o levou a receber o Nobel da Paz em 1984. O chefe da ONU lembrou, ainda, que, como presidente da Comissão pela Verdade e Reconciliação, Desmond Tutu forneceu uma “contribuição imensurável para garantir uma transição pacífica e justa para uma África do Sul democrática”.
“Sua enorme sabedoria e experiência sempre foram comunicadas com humanidade, humor e amor”, disse o secretário-geral, que definiu o sul-africano como um “campeão pelo multilateralismo”, lembrando que ele também integrou o Comitê de Conselheiros da ONU sobre Prevenção do Genocídio e esteve na Missão de Alto Nível de Averiguação em Gaza, em 2008.
O português ainda destacou que, nas últimas décadas, Tutu continuo lutando em prol de muitas questões críticas, como pobreza, mudança climática, direitos humanos e o combate ao HIV/Aids. “Apesar do seu falecimento, deixando um buraco enorme no cenário global e nos nossos corações, estaremos sempre inspirados pelo seu exemplo em continuar a lutar por um mundo melhor para todos”
A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, também lamentou a morte do arcebispo, atrav´pes de um post em sua conta no Twitter: “Embora sinta saudades de sua presença, celebro sua incrível vida de serviço. @TheDesmondTutu
sempre com um sorriso, sempre nos pedindo para fazermos nosso “pouco de bem”.
While I will miss his presence, I celebrate his incredible life of service. @TheDesmondTutu always with a smile, always asking us to do our “little bit of good” R.I.P. pic.twitter.com/mT9BPEPI1R
— Amina J Mohammed (@AminaJMohammed) December 26, 2021
Por sua vez, o presidente do Ecosoc (Conselho Econômico e Social da ONU), Collen Kelapile, lamentou a perda de um “ícone, uma inspiração a homens, mulheres e jovens”. Segundo Kelapile, Tutu sempre deu sua opinião “contra as injustiças e a má governança sem ter medo”.
A chefe do Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente, da sigla em inglês Unep), Inger Andersen, também fez declarações na sua conta no Twitter: “Nós da @UNEP nos juntamos ao mundo e ao povo da #Áfricad Sul no luto pelo falecimento do Arcebispo Desmond Tutu. Um pilar de retidão moral que ensinou todos nós a trilhar o caminho da retidão com verdade, justiça e perdão em nossos corações. Minhas condolências à sua família e ao povo da AS (África do Sul)”.
We @UNEP join the world and the people of #SouthAfrica in mourning the passing of ArchbishopDesmond Tutu. A pillar of moral rectitude who taught all of us to walk the righteous path with truth, justice and forgiveness in our hearts. My condolences to his family & the people of SA
— Inger Andersen (@andersen_inger) December 26, 2021
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News