Mais de 2,1 mil ativistas ambientais foram assassinados na última década, diz ONG

Novamente, a América Latina registrou o maior número de assassinatos de ativistas em nível global, somando 166 mortes

Mais de 2,1 mil ativistas ambientais perderam a vida em todo o mundo entre 2012 e 2023, sendo a América Latina a região com o maior número de casos, informou uma ONG internacional nesta terça-feira (10).

Segundo o novo relatório da Global Witness, cerca de 196 defensores da terra e do meio ambiente foram assassinados globalmente apenas em 2023.

O relatório também revelou que a Colômbia foi o país mais perigoso para ativistas ambientais, com 79 mortes registradas no ano passado.

Protesto sobre mudanças climáticas em Washington no ano de 2017 (Foto: WikiCommons)

Além da Colômbia, outros países da América Latina também registraram altos números de mortes de ativistas no ano passado, como o Brasil, com 25 assassinatos, e o México e Honduras, com 18 mortes cada, informou o relatório.

A América Latina, mais uma vez, liderou o número global de assassinatos, totalizando 166, dos quais 54 ocorreram no México e na América Central e 112 na América do Sul.

Laura Furones, consultora sênior da Campanha de Defensores da Terra e do Meio Ambiente da Global Witness, afirmou que o número de assassinatos continua “alarmantemente alto e simplesmente inaceitável”.

“À medida que a crise climática se intensifica, aqueles que se levantam para defender nosso planeta enfrentam violência, intimidação e assassinato,” disse Laura, que também é a principal autora do relatório.

Ela pediu que os governos adotem medidas firmes para proteger os defensores e enfrentar as causas profundas da violência contra eles.

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