Mais de 2,1 mil ativistas ambientais perderam a vida em todo o mundo entre 2012 e 2023, sendo a América Latina a região com o maior número de casos, informou uma ONG internacional nesta terça-feira (10).
Segundo o novo relatório da Global Witness, cerca de 196 defensores da terra e do meio ambiente foram assassinados globalmente apenas em 2023.
O relatório também revelou que a Colômbia foi o país mais perigoso para ativistas ambientais, com 79 mortes registradas no ano passado.
Além da Colômbia, outros países da América Latina também registraram altos números de mortes de ativistas no ano passado, como o Brasil, com 25 assassinatos, e o México e Honduras, com 18 mortes cada, informou o relatório.
A América Latina, mais uma vez, liderou o número global de assassinatos, totalizando 166, dos quais 54 ocorreram no México e na América Central e 112 na América do Sul.
Laura Furones, consultora sênior da Campanha de Defensores da Terra e do Meio Ambiente da Global Witness, afirmou que o número de assassinatos continua “alarmantemente alto e simplesmente inaceitável”.
“À medida que a crise climática se intensifica, aqueles que se levantam para defender nosso planeta enfrentam violência, intimidação e assassinato,” disse Laura, que também é a principal autora do relatório.
Ela pediu que os governos adotem medidas firmes para proteger os defensores e enfrentar as causas profundas da violência contra eles.