Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News
As Nações Unidas realizaram nesta quarta-feira (19) o Memorial Anual para homenagear os funcionários que perderam suas vidas em 2022 enquanto trabalhavam para a organização.
A solenidade acontece desde 2011 e honra servidores de entidades do Secretariado das Nações Unidas, bem como da Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), a Organização Internacional para Migrações (OIM), fundos e demais programas.
Na cerimônia, na sede da organização em Nova York, são lidos os nomes dos 77 servidores da ONU que morreram em ação entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022.
No período anterior, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021, a ONU registrou o maior número de mortes de servidores num período de 12 meses, com 485 fatalidades.
As Nações Unidas estimam que, desde sua fundação, mais de 3,5 mil homens e mulheres perderam a vida enquanto serviam à entidade.
Histórico
Ole Bakke, norueguês servindo na Palestina, foi a primeira vítima da história da ONU, morto a tiros em julho de 1948. Dois meses depois, Folke Bernadotte, da Suécia, mediador da ONU na Palestina, foi o segundo a ser morto. Já o secretário-geral Dag Hammarskjöld, junto com outras 15 pessoas, morreu em um acidente de avião na antiga Rodésia, atual Zâmbia, em 1961.
Três décadas depois da morte de Hammarskjöld, o número e a escala crescentes de missões de paz da ONU passaram a colocar muitos funcionários em risco. Mais vidas foram perdidas durante a década de 1990 do que nas quatro décadas anteriores combinadas.
Recentemente, a ONU se tornou um alvo como entidade, com suas instalações atacadas três vezes: em Bagdá, 2003, Argel, 2007, e Cabul, 2009. O atentado em Bagdá levou à morte do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que servia como alto comissário para os direitos humanos.
De 2013 a 2017, um aumento consistente nas mortes de soldados de paz devido a atos violentos resultou em 195 mortes.