Pandemia afeta estatísticas sobre mercado de trabalho, aponta estudo

Alguns países cancelaram pesquisas, outros refazem entrevistas para garantir qualidade dos dados

Um estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta que a pandemia do novo coronavírus vem afetando não só a saúde e a economia global, mas também a capacidade de gerar estatísticas sobre os impactos da crise no mercado de trabalho.

De acordo com a publicação, a dificuldade de produzir dados diante da atual situação mundial varia de acordo com o contexto, infraestrutura e a capacidade de cada região do mundo. Alguns países chegaram a cancelar suas pesquisas. Outros estão refazendo entrevistas para garantir a qualidade dos dados.

Pandemia pode afetar geração de estatísticas do mercado de trabalho (Foto: Rick Bajornas/UN Photo)

Órgãos nacionais de estatísticas enfrentam um desafio duplo durante a pandemia: dar continuidade às pesquisas, mantendo uma qualidade mínima nos dados, e responder a novas demandas. Como há pouco tempo para planejar as mudanças necessárias, a qualidade dos dados coletados pode ser prejudicada.

Segundo a OIT, pesquisas de mão de obra, que funcionam como a principal fonte de estatística para o mercado de trabalho, encontram dificuldade com medidas de isolamento social. Apesar de pesquisas por telefone ou pela internet estarem crescendo, muitos países ainda dependem das entrevistas presenciais.

A organização destaca a importância dos países incluírem perguntas específicas sobre o período da pandemia em suas pesquisas para entender melhor os impactos do novo coronavírus no mercado de trabalho — como demissões, queda de salários e diminuição de tempo de trabalho.

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