Um estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta que a pandemia do novo coronavírus vem afetando não só a saúde e a economia global, mas também a capacidade de gerar estatísticas sobre os impactos da crise no mercado de trabalho.
De acordo com a publicação, a dificuldade de produzir dados diante da atual situação mundial varia de acordo com o contexto, infraestrutura e a capacidade de cada região do mundo. Alguns países chegaram a cancelar suas pesquisas. Outros estão refazendo entrevistas para garantir a qualidade dos dados.
Órgãos nacionais de estatísticas enfrentam um desafio duplo durante a pandemia: dar continuidade às pesquisas, mantendo uma qualidade mínima nos dados, e responder a novas demandas. Como há pouco tempo para planejar as mudanças necessárias, a qualidade dos dados coletados pode ser prejudicada.
Segundo a OIT, pesquisas de mão de obra, que funcionam como a principal fonte de estatística para o mercado de trabalho, encontram dificuldade com medidas de isolamento social. Apesar de pesquisas por telefone ou pela internet estarem crescendo, muitos países ainda dependem das entrevistas presenciais.
A organização destaca a importância dos países incluírem perguntas específicas sobre o período da pandemia em suas pesquisas para entender melhor os impactos do novo coronavírus no mercado de trabalho — como demissões, queda de salários e diminuição de tempo de trabalho.