Turismo global vai retomar nível pré-pandemia em 2024, segundo a OMT

Riscos para o setor incluem a instabilidade no Oriente Médio e em outros lugares, pelo seu potencial de afetar a confiança dos viajantes

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

O turismo internacional deve retornar aos níveis anteriores à pandemia neste ano, após ter atingido 88% do total anterior à crise em 2023. Um relatório da Organização Mundial do Turismo (OMT) lançado na sexta-feira (19) revela a chegada de 1,3 bilhão de turistas durante o período analisado.

Para 2024, o Barômetro Mundial do Turismo prevê um avanço das atividades do setor impulsionado pelo aumento da conectividade aérea global e por uma forte recuperação dos mercados asiáticos.

O secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili destaca que a retoma já está a ter “um impacto significativo nas economias, no emprego, no crescimento e nas oportunidades para as comunidades em todos os lugares”. 

Homem usa máscara em meio à pandemia de Covid-19 em Paris, março de 2020 (Foto: theparisphotographer.com/Unplash)

O chefe da agência da ONU ressalta ainda que os novos dados “também lembram a tarefa essencial de progredir na sustentabilidade e na inclusão no desenvolvimento do turismo.”

Os riscos para o setor incluem a instabilidade geopolítica no Oriente Médio e em outros lugares pelo seu potencial de afetar a confiança de possíveis viajantes.

Contribuição global do turismo para a economia 

A região do Oriente Médio superou o nível de procura de viagens em relação ao período pré-pandêmico, enquanto a Europa e a África quase atingiram os níveis anteriores à crise.

As chegadas de turistas internacionais excederam o total de 2019 durante o ano passado em destinos como Europa Mediterrânica, o Caribe e as sub-regiões da América Central e do Norte da África.

A expectativa da OMT é que o mercado turístico chinês cresça em 2024, depois de o governo ter permitido que sejam realizadas viagens sem visto para cidadãos de França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Malásia até 30 de novembro deste ano. A capacidade de voos internos e externos na China deverá aumentar no período.

De acordo com a análise, a contribuição total da indústria para a economia global em 2023 foi de US$ 3,3 bilhões.

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