A revista Time divulgou nesta segunda-feira (23) sua famosa lista das cem pessoas mais influentes do ano. Em 2022, dois homens em conflito figuram nela: o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o chefe do Kremlin, Vladimir Putin. A Casa Branca também está representada com Joe Biden entre os nomes. As informações são da agência norte-americana UPI (United Press International).

Inclusive, Biden foi responsável por escrever o perfil de seu homólogo ucraniano na seção de líderes da publicação.

“Cada vez que conversamos, ouço na voz do presidente Zelensky a determinação implacável de um homem que acredita profundamente em seu dever para com seu povo e cumpre diariamente a solene responsabilidade de liderar sua nação nesta hora sombria e difícil”, elogiou.

Já Putin não recebeu afagos. Pudera. Quem escreveu sobre ele foi Alexei Navalny, principal opositor do Kremlin e suspostamente envenenado sob ordens do presidente russo.

“[Putin] nos lembrou mais uma vez que um caminho que começa com ‘apenas um pouco de manipulação eleitoral’ sempre termina com uma ditadura”, escreveu Navalny, que emendou com um tom ainda mais áspero: “Se alguém destrói a mídia independente, organiza assassinatos políticos e se apega às suas ilusões imperiais, então ele é um louco capaz de causar um banho de sangue no centro da Europa no século 21. E você realmente não deveria abraçá-lo em fóruns internacionais”, disparou.

Em entrevista ao jornal The Hill, o editor-chefe e CEO da Time, Edward Felsenthal, falou sobre os critérios de escolha para os nomes do ano.

“Quando nossa equipe se reúne para escolher o ‘Time 100’, temos um barômetro: influência. Quem moldou o ano? Quem se levantou? Quem se destacou?”, explicou o jornalista. “A influência, é claro, pode ser para o bem ou para o mal, uma dicotomia nunca mais visível do que na edição deste ano, que inclui Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky”.