Um atentado terroristas suicida matou ao menos seis pessoas em Cabul, capital do Afeganistão, na segunda-feira (2). A explosão ocorreu na área de Qala-e-Bakhtiar, no sul da cidade, e o regime talibã que governa o país disse que uma investigação está em andamento para apurar a autoria. As informações são da rede Al Jazeera.
“Esta tarde, uma pessoa usando explosivos no corpo detonou”, afirmou o porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran. “Infelizmente, seis civis, incluindo uma mulher, foram mortos e outros 13 ficaram feridos”, acrescentou.
Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria, as suspeitas recaem sobre o Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), que tornou-se mais ativo após o fim da ocupação estrangeira e é hoje o principal desafio de segurança do Afeganistão. Seus principais alvos são membros de minorias étnicas xiitas e os próprios talibãs, tratados como apóstatas pela facção sob a acusação de que abandonaram a jihad por uma negociação diplomática.
Os ataques suicidas são a principal marca do EI-K, que habitualmente tem uma alta taxa de mortes por atentado. O mais violento de todos ocorreu durante a retirada de tropas dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), quando as bombas do grupo mataram 183 pessoas na região do aeroporto de Cabul em agosto de 2021.
Fortalecido no Afeganistão, o EI-K vem conseguindo se expandir internacionalmente. Segundo levantamento do site independente russo Important Stories, ao menos cinco países europeus impediram ataques da facção nos últimos anos: Alemanha, Áustria, Espanha, França e Holanda.
Quem não conseguiu conter a violência dos insurgentes foi a Rússia. No dia 22 de março, na casa de espetáculos Crocus City Hall, em Moscou, 144 morreram após quatro homens com rifles automáticos invadirem o local e dispararem contra a multidão.