O Ministério da Defesa do Afeganistão divulgou duas notas nas quais informa a morte de 93 militantes do Taleban em nova ofensiva nesta quarta-feira (10). Autoridades integraram uma “operação de limpeza” contra o grupo.
A operação começou nos distritos de Arghandab e Jiri, na província de Kandahar, sul do país. Pelo menos 31 talibãs foram mortos e oito ficaram feridos no embate.
O exército afegão disse ter recuperado três veículos do Taleban, armas e munições – a maioria destruída durante o confronto. Enquanto isso, ao sul da província de Zabul, 35 insurgentes foram mortos em uma nova ofensiva. Outros 19 ficaram feridos e dois foram detidos.
“Muitos vilarejos foram limpos da influência do Taleban no distrito de Mizan”, disse o comunicado veiculado pela agência afegã Khaama Press. Os agentes de segurança apreenderam um veículo e sete motocicletas do grupo.
Duas armas pesadas, munições, um esconderijo e oito minas terrestres estão entre os destruídos pelo exército afegão.
Já na província de Faryab, no norte do Afeganistão, um ataque aéreo matou 24 talibãs e feriu 15 nesta quarta (10). O exército identificou uma grande quantidade de armas e munições, segundo a agência iraniana Mehr.
As forças afegãs também teriam impedido a explosão de três homens-bomba no distrito de Almar. Antes de atacar, os agentes executaram os suicidas. O Taleban ainda não comentou os incidentes.
Ofensiva ‘pela paz’
O avanço do Exército afegão contra militantes do Taleban ocorre em meio à negociação para um acordo de paz em Doha, no Catar. As tratativas foram retomadas na terça (9), após meses de paralisação.
Cabul argumenta que a ofensiva é acessória à retirada das tropas dos EUA do país, que ocorre até 1º de maio. O secretário de Estado Anthony Blinken já sinalizou que Washington está disposta a postergar a decisão caso as autoridades afegãs pavimentem um caminho para o cessar-fogo.
Cabul e o Taleban deram início às tratativas mais recentes pela pacificação em setembro de 2020. As divergências entre as partes, porém, atrasaram uma conciliação e instauraram uma onda de violência no país, marcado por conflitos há décadas.