Múltiplas operações de contraterrorismo no Afeganistão investiram contra membros do Taleban nas principais cidades do país em meio à expectativa por uma nova tentativa de acordo de paz, iniciada nesta terça-feira (9).
Representantes de Cabul e do Taleban se encontrarão com enviados da ONU (Organização das Nações Unidas) em Doha, capital do Catar, para mais uma rodada de negociação até o final da semana, informou a Reuters.
A despeito da cúpula, ao menos 45 membros do Taleban foram mortos em duas operações das forças de segurança do Afeganistão nesta segunda (8), informou a agência afegã Khaama Press. As ofensivas ocorreram na província de Herat, no norte do país e reduto do grupo extremista.
“Continuaremos até a eliminação completa dos inimigos”, disse o coronel Esmatullah Gharwal, responsável pela operação.

Em Kandahar, no sul do país, 34 insurgentes morreram e sete ficaram feridos após um avanço aéreo e de infantaria, disse o Ministério da Defesa. Os militantes estavam nos distritos de Arghandab, Panjwai e Zherai.
Os agentes recuperaram e destruíram um grande número de armas e munições do grupo, diz a nota. Além disso, o exército afegão teria descoberto e desativado 20 minas terrestres plantadas pelo Taleban na região.
No sábado, as forças aéreas do Afeganistão já haviam matado outros 25 combatentes do Taleban e deixaram 36 feridos na região de Kandahar, confirmou o Ministério da Defesa no Twitter. A força-tarefa recuperou outras 13 minas terrestres.
A cerca de 400 quilômetros dali, no distrito de Zawul, outra operação matou 11 talibãs em uma operação liderada pelas forças aéreas do Afeganistão e equipes regionais na segunda. Outros sete insurgentes estão gravemente feridos, informou o comando militar.
Conforme comunicado do Ministério da Defesa, a operação deve “fortalecer, estabilizar e manter a segurança” da província de Herat. A região sofre ataques contínuos do Taleban há anos.
As operações de Cabul são uma resposta à morte de sete militares afegãos no distrito de Chimtal, província de Balkh, na sexta-feira (5), disseram autoridades. O Taleban não se manifestou sobre os ataques.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.