Jornalista do Turcomenistão é finalista em prêmio global de direitos humanos

Soltan Achilova, 71, ganha destaque por denunciar abusos no país, uma das ditaduras mais fechadas do mundo

Uma jornalista do Turcomenistão está entre os três finalistas ao prêmio internacional de direitos humanos Martin Ennals. Trata-se da fotojornalista Soltan Achilova, 71, que documenta violações contra direitos humanos.

O júri, composto por dez grupos ativistas, reconheceu Achilova por sua atuação no país, onde a liberdade de imprensa é vetada pelo governo e há grande risco aos jornalistas.

“Apesar do ambiente repressivo e das dificuldades pessoais, ela é uma das poucas repórteres no país que ousa assinar artigos independentes”, disse a organização do prêmio no último dia 18.

Jornalista do Turcomenistão é finalista de prêmio global de direitos humanos
A jornalista do Turcomenistão, Soltan Achilova, em 2018 (Foto: Reprodução/RFE)

Achilova colabora ao portal independente Khronika Turkmenistana (Crônicas do Turcomenistão), que noticia acontecimentos no país, uma das ditaduras mais fechadas do mundo. A jornalista já trabalhou no serviço local da norte-americana Radio Free Europe.

A repórter já foi alvo das autoridades turcomenas. Achilova já foi detida e agredida pela polícia e outros agressores nunca identificados. Seus familiares também sofrem perseguição e pressão das autoridades.

Além de Achilova, os outros dois indicados ao prêmio Martin Ennals são Loujain Al-Hathloul, defensora dos direitos das mulheres na Arábia Saudita, e o advogado chinês Yu Wensheng, que denuncia a repressão de Beijing sobre minorias étnicas. Os dois estão presos.

A cerimônia de premiação será online e acontecerá em Genebra, na Suíça, no dia 11 de fevereiro.

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