Netanyahu ameaça o Líbano e diz que Israel poderia transformar Beirute em Gaza

Primeiro-ministro advertiu o Hezbollah sobre as consequências caso o grupo abra uma segunda frente na guerra do Oriente Médio

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ameaçou devastar Beirute e o sul do Líbano se o Hezbollah, organização política e militar xiita com base no país, abrir uma segunda frente na guerra de Israel com o Hamas. As informações são da rede Fox News.

“Se o Hezbollah decidir abrir uma guerra total, então com as suas próprias mãos transformará Beirute e o sul do Líbano, que não estão longe daqui, em Gaza e Khan Yunis”, disse Netanyahu.

O alerta foi feito durante uma visita ao quartel-general do comando norte das Forças de Defesa de Israel (IDF, da sigla em inglês), que supervisiona unidades envolvidas em confrontos com o Hezbollah desde o ataque do Hamas em 7 de outubro. Netanyahu também elogiou o “grande espírito em sua prontidão para a batalha” dos militares israelenses.

Um edifício destruído pela Guerra Civil Libanesa, em Beirute (Foto: WikiCommons)

Em resposta ao ataque do Hamas, rotulado como grupo terrorista pelos EUA e pela União Europeia (UE), as forças israelenses desencadearam destruição no norte da Faixa de Gaza. Agora, o foco se volta para o sul de Gaza, com relatos de tropas israelenses entrando em Khan Yunis.

O Hezbollah expressou solidariedade ao Hamas, resultando em confrontos diários na Faixa de Gaza com Tel Aviv. No entanto, evitou uma campanha militar completa, amenizando receios de uma escalada para uma guerra regional mais ampla.

A Casa Branca anunciou na quinta-feira (7) que o presidente Joe Biden, centrando-se na contenção do conflito entre Israel e o Hamas, teve conversas com Netanyahu e o rei Abdullah II da Jordânia sobre os recentes eventos em Gaza.

Durante a conversa com Netanyahu, o líder norte-americano expressou preocupações sobre reféns em Gaza, ataques na Cisjordânia e a importância disso para a assistência humanitária em Gaza. A conversa não incluiu a advertência de Netanyahu ao Hezbollah.

Biden e o rei reiteraram o compromisso de colaborar com outras nações para alcançar um acordo de paz, incluindo o eventual estabelecimento de um Estado palestino.

Por que isso importa?

Desde sua fundação, o Hezbollah tem sido acusado de realizar ataques contra alvos judeus e israelenses, sendo designado como organização terrorista pelos EUA, Israel e outros países árabes.

O conflito com Tel Aviv é frequente, envolvendo várias trocas de tiros na fronteira libanesa-israelense. Em outubro de 2023, o Hezbollah convocou um “dia de fúria sem precedentes” contra Israel, acusando o país de estar por trás de uma explosão fatal em um hospital em Gaza. Desde então, há preocupações com um possível confronto armado.

Em novembro de 2023, o grupo extremista ingressou de forma cautelosa no conflito iniciado por aliados palestinos, promovendo um ataque terrorista e uma campanha de atrito com as forças israelenses na fronteira entre os dois países.

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