Farideh Moradkhani, ativista e sobrinha do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, foi presa na última sexta-feira (14) após elogiar Farah Diba, ex-rainha da República Islâmica, durante um evento online em que a viúva do xá foi homenageada. As informações são da Radio Free Europe.
Farideh foi detida por agentes do Ministério de Inteligência iraniano durante operação realizada na casa dela. Objetos pessoais foram confiscados na ação, segundo relatou a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA, na sigla em inglês), veículo sediado nos EUA que cobre notícias de Teerã.
A prisão ocorreu depois que um vídeo postado nas redes sociais mostrou a ativista chamando Farah de “querida Rainha” e instando a viúva a voltar a seu país natal para trabalhar pelo renascimento da cultura no país. O xá Mohammad Reza Pahlavi governou o Irã até a Revolução Islâmica em 1979. A ex-rainha, após ser exilada, foi viver na França e lá está até hoje.
Segundo a HRANA, Farideh havia sido transferida para uma penitenciária na capital. “Estamos muito preocupados, não tivemos notícias. Agora sabemos que ela está na prisão de Evin e sob o controle do Ministério da Inteligência”, disse seu irmão, Mahmud Moradkhani, baseado na França, ao jornal Iran International Persian.
Farideh é filha de Badri, irmã do aiatolá, que fugiu com a família na década de 1980 para o Iraque. A ativista é conhecida no Irã por sua militância contra a pena de morte e pelas liberdades civis no país.