Três membros de milícia pró-Irã são mortos em ataque do EI no Iraque

As vítimas eram integrantes do Movimento Noujaba, parte do grupo paramilitar Hashd al-Shaabi, apoiado pelo Irã

Três combatentes de uma milícia pró-Irã foram mortos neste domingo (22) no Iraque, em ataque do Estado Islâmico (EI) a uma base perto de Bagdá, relataram um paramilitar e uma fonte de segurança. As vítimas eram integrantes do Movimento Noujaba, parte do grupo paramilitar Hashed al-Shaabi, apoiado pelo Irã, informou o jornal saudita Arab News.

Além das mortes, outros sete combatentes ficaram feridos.

Formado em 2014 para apoiar o exército iraquiano na luta contra os extremistas do EI, o Hashed (Forças de Mobilização Popular), uma coalizão de milícias de maioria xiita, controlava grandes áreas do país antes de ser integrado às forças armadas.

Membros do grupo jihadista Estado islâmico no Grande Saara (Foto: Divulgação)

Porém, tanto os Estados Unidos quanto Israel temem que algumas unidades do Hashed estejam sob ordens do Irã, em vez de estarem sob comando iraquiano.

Por que isso importa?

Em 2017, o exército anunciou ter derrotado o EI no Iraque, com a retomada de todos os territórios dominados pela milícia desde 2014. O grupo jihadista, que já chegou a controlar um terço do território iraquiano, hoje mantém apenas células adormecidas que lançam ataques esporádicos. 

No mês passado, o EI assumiu a responsabilidade por um ataque que matou 30 pessoas no mercado público de al-Wuhaylat, em Bagdá.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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