Um relatório atualizado pelo Facebook nesta segunda (12) apontou a remoção de 309 contas, grupos, páginas e perfis no Instagram por “interferência estrangeira”.
Na nota, a empresa afirma que a coordenação do conteúdo vinha de uma “entidade estrangeira ou governamental” com origem na China, nas Filipinas e nos Estados Unidos.
De acordo com o Facebook, cerca de US$ 60, pagos em yuans chineses impulsionaram o conteúdo. As páginas somavam mais de 300 mil seguidores e tinham como alvo o público doméstico.
Entre as postagens inautênticas havia apoio ao presidente filipino, Rodrigo Duterte, para as eleições de 2022. Também havia mensagens com críticas à organização de jornalismo independente das Filipinas, Rappler.
As redes também postaram elogios e críticas à China e, nos EUA, veicularam conteúdo tanto de apoio quanto contrário aos candidatos à Presidência Pete Buttigieg, Joe Biden e Donald Trump.
Contas falsas monitoravam as atividades, disse o Facebook. O objetivo era impulsionar conteúdos sobre o Mar do Sul da China e sobre a Marinha dos EUA. A origem e localização dos usuários estavam protegidos com VPNs (do inglês rede privada virtual), dispositivos que mascaram a identificação dos computadores.
Essa não é a primeira ofensiva do Facebook contra contas inautênticas. No dia 23 de setembro, a rede removeu 115 contas falsas e nove grupos que eram parte de um esquema de propaganda pró-China.