Suspeito de arrecadar fundos para EI é preso no Paquistão

Detido teria operado em uma campanha de arrecadação e envio de recursos ao EI na Síria há dois anos

As autoridades do Paquistão anunciaram a prisão de um estudante universitário suspeito de arrecadar e enviar fundos para militantes do EI (Estado Islâmico) na Síria. A prisão teria ocorrido no dia 18, na cidade de Karachi, maior metrópole do país.

Um porta-voz das forças paquistanesas disse à emissora Voice of Asia que o estudante cursava o último ano de Engenharia e Tecnologia de uma universidade de Karachi. Ele foi detido ao tentar embarcar em um trem.

O suspeito mantinha contato com famílias de terroristas que planejavam ataques ao Paquistão e à Síria, disse o porta-voz.

Suspeito de arrecadar fundos para EI é preso no Paquistão
Soldados paquistaneses em ação contra o avanço de militantes extremistas, sem data ou local especificado (Foto: Pakistan Army)

Em um exame forense nos dois celulares do jovem, os militares teriam identificado a busca de fundos no Paquistão para o Daesh – nome árabe para o EI – à Síria nos últimos dois anos.

No mesmo comunicado, as autoridades paquistanesas informaram que invadiram um esconderijo próximo à fronteira ocidental do país com o Afeganistão e mataram dois suspeitos de terrorismo. Um terceiro militante foi preso.

Os homens mortos seriam membros ativos do grupo Tehreek-e-Taliban, conhecido como o “Taleban do Paquistão”. Eles seriam “treinadores terroristas” especialistas na fabricação de bombas e no planejamento de ataques.

Um deles teria sido o mentor de um atentado a bomba em outubro, na região de fronteira entre os dois países. À época, seis soldados paquistaneses morreram e vários ficaram feridos. O EI assumiu os créditos por um grande número de ataques letais no Paquistão nos últimos anos.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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