Migração bate recorde na selva de Darién e gera apelo da agência de refugiados da ONU

Em 2023, 520 mil pessoas fizeram a perigosa travessia pela selva que passa pelos territórios da Colômbia e do Panamá

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Ao encerrar uma visita de dois dias ao Panamá, a vice-alta comissária da ONU (Organização das Nações Unidas) para refugiados, Kelly T. Clements, pediu à comunidade internacional que intensifique os esforços para melhorar a situação dos refugiados e migrantes nas Américas

Na última semana, a vice-chefe do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) declarou que, à medida que a situação piora, mais cooperação e apoio são necessários para oferecer às pessoas vulneráveis alternativas às viagens perigosas e irregulares nas Américas.

Trecho da selva de Darién dentro de parque nacional no Panamá (Foto: Harvey Barrison/Flickr)

A visita de Clements ocorre em meio ao aumento no número de refugiados e migrantes que cruzam a pé a selva de Darién, entre a Colômbia e o Panamá. No ano passado foram 520 mil travessias, o maior número já registrado. Até agora em 2024, mais de 23 mil pessoas se lançaram nesta perigosa jornada.

A autoridade acrescentou que, à medida que o número de pessoas migrantes em direção ao norte cresce, os países latino-americanos demonstram maior solidariedade, acolhendo a maioria delas e oferecendo soluções.

Serviços básicos

Em 24 de janeiro, Clements participou da VI Reunião Anual do Quadro Regional de Proteção e Soluções Abrangentes, onde os países da região se comprometeram a redobrar os esforços para lidar com o deslocamento forçado.

Ela ainda viajou para Darién e participou da abertura de uma filial local do Escritório Nacional de Refugiados do Panamá na cidade de Metetí, na província de Darién. Esse escritório garantirá que as pessoas que cruzarem a selva possam buscar asilo e ter acesso a documentação e serviços básicos.

Para a vice-alta comissária, os desafios impostos pelos complexos movimentos de refugiados e migrantes nas Américas devem ser abordados a partir de uma perspectiva regional abrangente e colaborativa, 

A funcionária da ONU afirma que é crucial fornecer mais auxílio a indivíduos vulneráveis, fortalecer o apoio às comunidades anfitriãs e ampliar oportunidades de reassentamento, destacando a importância dessa estratégia na gestão das complexas questões atuais.

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