Neste sábado (27), o Ministério da Saúde palestino alertou que todos os residentes da Faixa de Gaza estão consumindo água imprópria devido ao fechamento do laboratório de saúde pública. Isso coloca suas vidas em risco, conforme declarado pelo ministério em um comunicado.

O ministério culpou a recusa de Israel em permitir o uso de cloro ou qualquer alternativa para o tratamento de água potável por essa situação preocupante. Além disso, o acúmulo de resíduos nas ruas e campos pode resultar na propagação de doenças, alertou o ministério.

Na quarta-feira, o ministério relatou casos de meningite e hepatite, destacando a urgência da situação.

Números

Desde o ataque transfronteiriço do Hamas em outubro passado, que resultou em cerca de 1,2 mil mortes, Israel tem conduzido uma ofensiva severa na Faixa de Gaza. Os números de vítimas desde então são alarmantes, com mais de 34.151 palestinos mortos e 77 mil feridos, a maioria mulheres e crianças, em meio à devastação e à falta crítica de suprimentos básicos.

A guerra israelense resultou no deslocamento interno de 85% da população de Gaza, exacerbando uma crise humanitária com escassez crítica de alimentos, água potável e medicamentos. Além disso, cerca de 60% das infraestruturas do enclave foram danificadas ou destruídas, conforme relatado pela ONU.

O Estado judeu enfrenta acusações de genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Uma decisão provisória emitida em janeiro exigiu que Tel Aviv interrompesse os atos genocidas e garantisse a prestação de assistência humanitária aos civis em Gaza.