Gana não registrou violência, boicote ou fraudes às eleições realizadas nesta segunda-feira (7) em todo o país, reportou a Reuters. A tranquilidade do pleito ganês foi na contramão de outros países da região, como Tanzânia e Burundi, onde sobraram acusações de fraude e violência neste ano.
Observadores eleitorais destacaram uma eleição pacífica e sem interrupções. Ao todo, concorrem 12 candidatos à presidência.
A votação encerrou às 17 horas no horário local – 14h em Brasília – e promete revelar uma disputa acirrada entre o atual presidente, Nana Akufo-Addo, e seu principal opositor, John Mahama.
Líderes pelo Novo Partido Patriótico e pelo Congresso Nacional Democrata, respectivamente, esta é a terceira eleição entre Akufo-Addo e Mahama. Os partidos se alternam no poder desde 1992.
A história política do país da África Ocidental de 30 milhões de habitantes tem sido estável nos últimos 28 anos. Na sexta (5), os rivais concordaram em resolver possíveis disputas nos tribunais, o que afastou os temores de violência durante a votação.
Em suas eleições, Gana foge às duras realidades de países vizinhos como Costa do Marfim, Mali e Guiné, onde golpes militares e constitucionais são usados como solução contra a violência política e a revolta da população.
Expectativas
Em Gana, tanto Akufo-Addo quanto Mahama apresentam planos para encerrar a crise provocada pela Covid-19 desde janeiro. A estimativa, contudo, é que Akufo-Addo seja reeleito, conforme disseram especialistas ao jornal britânico “Financial Times“.
Impulsionada pela descoberta de novos poços de petróleo e pela alta nos preços do ouro, Gana registrou um acúmulo anual de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) nos últimos três anos.
Autoridades também elogiaram a rápida resposta de Acra à pandemia, apesar do subfinanciamento e falta de capital humano no atendimento à saúde do país.
A contagem de votos começou logo após o fim da votação. A Comissão Eleitoral deve divulgar os primeiros resultados parciais entre terça e quarta-feira (9).