As fortes chuvas que atingem o Sudão desde julho já impactaram cerca de 100 mil pessoas. No domingo (2), o vento forte destruiu casas e plantações e deixou cerca de quatro mil pessoas desabrigadas.
Os estados de Cartum, Nilo Azul e Rio Nilo, no leste do país, são os mais prejudicados. No Nilo Azul, as estradas estão intransitáveis e a área só pode ser acessada por helicóptero.
Em nota, o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), registrou que mais de 1,2 mil casas foram danificadas ou destruídas.
Um colapso na barragem local deve comprometer o acesso à água para mais de 80 mil pessoas que vivem no entorno do Rio Nilo.
De acordo com o informe, vários hectares de plantações foram comprometidos e cerca de 150 animais mortos, o que aumenta a insegurança alimentar para os próximos meses.
Mortos e deslocados
Danos significativos também foram registrados nas regiões da ilha de Gezira, Cordofão Ocidental e Darfur do Sul.
De acordo com a mídia local, seis pessoas teriam morrido após uma violenta tempestade no dia 28, na área de Kogeila, em Gezira. Na metade de julho, fortes chuvas e inundações atingiram cerca de 16 mil deslocados nos campos de Otash, Dereige e Mosey, na cidade de Nyala, no Darfur do Sul.
Com previsão de chuvas acima da média nos próximos dias na maior parte do país, o aumenta o risco de uma piora da situação.