A Costa Rica foi convidada na última sexta (15) a se tornar o 38º membro da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O país é o primeiro da América Central a ser aceito na organização.
A assinatura do acordo de adesão deve acontecer nos próximos dias. A OCDE e a Costa Rica iniciaram o processo de negociação em abril de 2015. O país se tornará o quarto país-membro da OCDE na América Latina e Caribe, se juntando a México, Chile e Colômbia, integrada neste ano.
“Temos o prazer de acolher a Costa Rica na OCDE em um momento em que o multilateralismo é mais importante do que nunca”, afirmou o secretário-geral da OCDE, o mexicano Angel Gurría. “A melhor maneira de responder aos desafios globais atuais é tendo economias emergentes, em desenvolvimento e desenvolvidas trabalhando lado a lado por soluções”
Para se tornar membro da organização, é preciso passar por diversas revisões técnicas e cumprir critérios de antissuborno, governança cooperativa, mercado financeiro, transparência fiscal.
De acordo com Gurría, a entrada da Costa Rica na organização é um objetivo pessoal do presidente Carlos Alvarado.
“Nós fomos encorajados a ver o real compromisso intrapartidário no processo e estamos impressionados com o engajamento e a atividade da Assembleia Legislativa, que aprovou uma dúzia de leis, incluindo uma reforma política abrangente”, declarou o secretário-geral da OCDE.
Segundo o jornal argentino La Nación, Alvarado agradeceu aos ex-presidentes Luis Guillermo Solís e Laura Chinchila. O atual presidente destacou o trabalho de seus antecessores, o que possibilitou o convite de adesão da Costa Rica à OCDE.
Brasil
Em 2019, o governo brasileiro tentou angariar apoio dos Estados Unidos para a entrada do país na OCDE. O Brasil é um dos candidatos a iniciar o processo de entrada na organização.
Em janeiro deste ano, os EUA confirmaram a intenção de apoiar a entrada brasileira no grupo. Alguns dias antes, o presidente Jair Bolsonaro havia afirmado que o país está trabalhando para cumprir os requisitos para a adesão.
Caso o país seja aceito como candidato oficial, é necessário que o governo cumpra uma série de requisitos, como os cumpridos pela Colômbia. Na sequência, que o processo de adesão é encaminhado.
Também há uma fase de negociação entre o país candidato e a organização.