EUA e UE falam em ‘isolar’ ainda mais a Rússia e contestam posição da China

Encontro em Washington debateu estratégias com vistas a impor "custos severos" a Moscou por suas ações na Ucrânia

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos realizaram na quarta-feira (30), em Washington, o primeiro ‘Diálogo de Alto Nível EUA-UE sobre a Rússia’. O encontro diplomático abordou compromissos assumidos na cúpula EUA-UE de junho de 2021, quando ambas as partes decidiram coordenar as políticas e ações de Washington e do bloco europeu relacionadas a Moscou. As informações foram emitidas em conjunto pelo Departamento de Estado norte-americano e o Serviço Diplomático da União Europeia.

A sessão inaugural concentrou-se nos objetivos estratégicos dos EUA e da UE com vistas a um cessar-fogo, dando fim às agressões russas em território ucraniano, iniciadas no dia 24 de fevereiro. A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, representou os Estados Unidos e o vice-secretário-geral para Assuntos Políticos do Serviço Europeu de Ação Externa, Enrique Mora, representou a União Europeia.

As autoridades definiram as ações do Kremlin como uma guerra “injustificável e bárbara”, fazendo menção ao apoio dado pelo governo de Belarus, que viabilizou o conflito.

(Foto: divulgação)

Elas observaram que seus Estados somarão esforços para “rastrear relatos de crimes de guerra e compartilharão informações coletadas com aliados, parceiros, instituições e organizações internacionais, conforme apropriado, e usarão todas as ferramentas disponíveis para responsabilizar os perpetradores”.

Entre as ações propostas, foram discutidas medidas adicionais para “isolar ainda mais a Rússia das economias dos EUA e da UE e do sistema financeiro internacional”, de modo a impor custos severos a Moscou por suas ações.

Os dois lados enfatizaram a necessidade de consolidar o apoio internacional ao governo e ao povo da Ucrânia. Também foi destacada a importância fazer com que a China também apoie o fim imediato da invasão, além de instar a nação asiática a não ajudar a contornar nem minar as sanções contra a Rússia ou fornecer qualquer forma de apoio ao Kremlin contra Kiev.

Outro importantes pontos discutidos foram formas de combate à propaganda e campanhas de desinformação disseminadas pelo regime de Putin e como reduzir a dependência da Europa da energia russa.

As autoridades também reconheceram a cooperação contínua EUA-UE em direção à paz, resiliência e estabilidade de longo prazo em toda a região, incluindo o Sul do Cáucaso.

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