A NRA (Associação Nacional de Rifles da América, na sigla em inglês) foi autorizada a iniciar recuperação judicial na última sexta-feira (15). Segundo a Bloomberg, a medida servirá para a organização deixar Nova York após ameaças de dissolução e iniciar um reagrupamento no Texas.

Em seu site oficial, a associação afirma que a reestruturação a ajudará a sair do “ambiente político e regulatório corrupto de Nova York“. Uma petição arquivada em Dallas listava ativos e passivos de até US$ 500 milhões cada.

Conhecida como um dos grupos com maior poder de influência na política norte-americana, a NRA vê o movimento como uma saída após meses de disputas internas e de pressão legal sobre sua organização, hoje sediada em Nova York.

O estado lidera um processo legal contra o líder Wayne LaPierre e outros três integrantes de espoliarem a organização. Com o pedido de falência por meio do chamado “chapter 11”, a entidade poderá seguir operando enquanto trabalha para reembolsar os credores – numa espécie de recuperação judicial.

Além do processo, a organização também é acusada por um procurador-geral de Washington por mau uso dos fundos de doadores em ações de caridade.

“A NRA estava desviando fundos de organizações de caridade para seu próprio uso pessoal”, disse a procuradora-geral Letitia James na sexta (15). “Sem qualquer controle por anos, é extremamente importante que continuemos a responsabilizá-los, mesmo em um tribunal de falências”.

Fundada em 1871, a organização defende a indústria de armas de fogo e repeliu as diversas tentativas de leis mais rígidas sobre a posse de armas mesmo após tiroteios em massa, como o massacre de Sandy Hook, em 2012, no estado de Connecticut.