Supremacistas brancos já são maioria nas investigações locais do FBI

Entre as causas de terrorismo doméstico, motivação racial é a mais comum nos EUA; desde janeiro, 120 foram presos

Os ataques de supremacistas brancos já representam a maior parte das investigações domésticas da Agência Nacional de Investigação dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês).

O diretor da instituição, Christopher Wray, confirmou a informação ao Comitê de Segurança Interna do Congresso norte-americano na quinta (17), informou o portal The Hill.

De acordo com Wray, o terrorismo doméstico nos EUA é marcado pela motivação racial e sobretudo pela supremacia branca. A agência registra uma média de mil casos por ano, afirmou.

Ataques de supremacistas brancos são maioria nas investigações locais do FBI
Em alusão à campanha de Donald Trump, cartaz pede que “racistas tenham medo novamente” nos EUA (Foto: CreativeCommons/Ted Eytan)

Sem revelar um número exato, o representante da agência de inteligência afirmou que os casos de extremismo entre supremacistas brancos estão entre as principais ameaças nacionais.

Em 2020, segundo Wray, o volume de casos de discriminação racial seguida de violência extrema aumentou de forma significativa. Desde janeiro, mais de 120 acusados foram presos.

O pessimismo em relação aos direitos civis dos negros no país também é uma das marcas do aumento desse extremismo. De acordo com a última pesquisa da Gallup, apenas 59% dos adultos nos Estados Unidos acreditam que os direitos civis dos negros melhoraram nos últimos anos.

O índice é o mais pessimista da história: há décadas o indicador não é menor que 80%, informou o instituto.

Depois dos extremistas com motivações raciais, os mais comuns são os anarquistas violentos e milícias armadas, revelou Wray.

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