A polícia da Noruega afirmou nesta sexta (19) temer que as tensões sociais e econômicas causadas pela pandemia do novo coronavírus aumentem os casos de extremismo.
De acordo com a Reuters, a próxima campanha para as eleições gerais, previstas para outubro de 2021, também deve causar novas ocorrências de violência extremista.
Nesta semana, o governo da Noruega apresentou novas medidas para evitar a radicalização e o recrutamento de grupos extremistas no país.
Um homem de extrema-direita foi preso na semana passada pelo assassinato da meia-irmã nascida na China. O crime teria ocorrido por motivos raciais. Ele também tentou matar a tiros fiéis em uma mesquita.
O caso de violência de extrema-direita no país foi o assassinato em massa por Anders Breivik, em 2011, que deixou 77 mortos.

Intolerância
Os impactos da pandemia tem impulsionado a extrema direita também em outros países. No Canadá, protestos marcados por teorias da conspiração, sentimento anti-China e supremacia branca também estimulam o extremismo.
A crise econômica dá mais munição aos manifestantes. Entre esses extremistas, há desde os que se irritam com as consequências da quarentena na economia aos que acreditam que o vírus é uma trama global da China e das Nações Unidas para controlar os canadenses.
Já na Alemanha, é o antissemitismo que tem crescido em meio à crise de saúde pública mundial. Em manifestações que pedem o fim da quarentena, têm ressurgido o apoio a ideologias nazistas e contra os judeus.