O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, entrou em contato com a ONU e outros líderes mundiais para discutir os certificados de residência para 25 mil indianos na região da Caxemira. A informação é do jornal paquistanês The News International.
Ainda segundo o premiê, as tentativas de anexação da Caxemira pela Índia e a emissão dos certificados de residência são ilegais. Haveria, argumenta Khan, violação inclusive o 4º artigo da Convenção de Genebra.
O artigo prevê proteção às pessoas que vivem em uma área sob litígio, quando há dominação ou ocupação da outra parte. Seria o caso de paquistaneses que vivam em regiões demandadas por Nova Délhi mas ainda em disputa.
“A Índia deve ser impedida de seguir esse caminho inaceitável que usurpa ainda mais os direitos legais e internacionais garantidos ao povo da Caxemira”, afirmou Khan em um tweet. “E põe seriamente em risco a segurança e a paz no sul da Ásia”.
Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão já havia rejeitado a emissão dos certificado aos 25 mil indianos na região de Jammu e Caxemira.
A Caxemira é alvo de frequentes disputas entre Índia e Paquistão há décadas, gerando tensões entre os dois Estados. Ambos os países reivindicam partes do território da Caxemira. O impasse remonta à divisão do antigo território indiano na Índia atual, de maioria hinduísta, e Paquistão, onde predomina o islamismo.
First India’s attempt at illegal annexation of IOJK & now its attempts to alter IOJK’s demographic structure incl by issuance of domicile certificates to 25,000 Indian nationals are all illegal, in violation of UNSC resolutions & international law, incl 4th Geneva Convention.
— Imran Khan (@ImranKhanPTI) June 30, 2020