Agência da ONU lança guia para recuperação do turismo

Há sugestões para recuperação econômica, marketing e promoção; fortalecimento institucional e resiliência

A OMT (Organização Mundial do Turismo), ligada à ONU, lançou nesta terça (12) um guia de assistência técnica para recuperação do turismo, em resposta à pandemia do novo coronavírus. O setor é um dos mais afetados pela crise mundial.

O documento segue três pilares: recuperação econômica, marketing e promoção, fortalecimento institucional e construção de resiliência.

“Planos e programas de recuperação para o turismo traduzem-se em empregos e crescimento econômico, não apenas dentro do próprio setor de turismo, mas em toda a sociedade”, afirmou o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.

Avião no pátio do aeroporto de Aarhus, na Dinamarca (Foto: Wikimedia Commons)

O primeiro pilar é o de recuperação econômica. A organização recomenda que os governos façam análises quantitativas e qualitativas do impacto do coronavírus. Também pede que desenvolvam planos específicos para o seu país e programas de apoio para micro e pequenas empresas no setor. Também devem reorientar a cadeia de valor de forma sustentável.

A OMT sugere que no segundo pilar, de marketing e promoção, os países adotem estratégias específicas para o turismo nacional e o internacional. A meta é apostar mais na diversidade e no digital.

Por último, pensando no fortalecimento institucional e construção de resiliência, a agência da ONU afirma que é necessário que as empresas do setor se adaptem à realidade pós-coronavírus. Novas práticas de higiene e segurança terão de ser adotadas.

A OMT aconselha práticas de empoderamento feminino no turismo e a participação de jovens no setor. Também será útil, segundo o documento, a elaboração de programas para acelerar a recuperação.

Possíveis cenários

A OMT identificou três possíveis cenários para os próximos meses. O número de turistas que transitam por todo o mundo deve cair entre 60% e 80% neste ano, ante 2019. Tudo depende de quando as restrições de viagem terminarem.

Se a reabertura começar em julho, a queda seria de 58%. Em setembro, a expectativa é de baixa de 70% no fluxo de turistas. Caso aconteça apenas em dezembro, o tombo será de 78%, de acordo com os modelos da OMT.

As perdas de receita podem variar entre US$ 910 bilhões e US$ 1,2 trilhão. Deixariam de transitar entre os países de 850 milhões a 1,1 bilhão de pessoas. Já os empregos perdidos poderiam variar entre 100 e 120 milhões.

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