Se a paralisação econômica pós-pandemia evoluir para uma crise de segurança alimentar, o resultado nos países em desenvolvimento pode ser instabilidade política e social. O alerta é de Marcos Sawaya Jank, pesquisador na área de agronegócio.
A saída para os governos é monitorar cadeias de suprimento e eventuais rupturas no comércio internacional, afirma Jank, professor do Insper e da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).
Neste cenário de pandemia, o Brasil deve manter seu protagonismo histórico no abastecimento mundial e considerar também exportações para países vulneráveis, como os africanos.
O controle sanitário ganhará importância, aponta Jank. Será preciso eliminar mercados onde há abate de animais vivos, sem armazenamento adequado, para evitar doenças como a que causou a atual pandemia.
O especialista conversou com a Rede Brasil do Pacto Global, da ONU.