Premiê de Eswatini, última monarquia da África, morre de Covid-19

Ambrose Dlamini morreu duas semanas após contrair doença; em novembro, premiê se declarou "assintomático"

O primeiro-ministro de Eswatini, Ambrose Dlamini, morreu no domingo (13), na África do Sul, vítima de complicações geradas pela Covid-19. Dlamini representava o governo da última monarquia da África desde 2018.

Hospitalizado no início de dezembro, o premiê de 52 anos morreu duas semanas após receber o diagnóstico do novo coronavírus. Em novembro, Dlamini anunciou que se sentia bem e não apresentava sintomas, registrou o portal Nation Africa.

O vice-primeiro-ministro, Themba Masuku, anunciou a morte do político como “triste e prematura”. Antes de entrar na política, Dlamini trabalhou como empresário.

Primeiro-ministro de Eswatini, última monarquia da África, morre de Covid-19
O primeiro-ministro de Eswatini, Ambrose Dlamini, fala em sessão do Fórum Econômico Mundial, na capital sul-africana Cape Town, em setembro de 2019 (Foto: World Economic Forum/Greg Beadle)

Escolhido pelo rei Mswati III, a posse do premiê ocorreu em outubro de 2018. Na monarquia, que ainda tem um modelo de governo absolutista, todas as escolhas políticas e o controle do Parlamento são do monarca desde 1986.

Pouco antes de sua morte, um grupo da sociedade civil local acusou o governo de dar “tratamento especial” ao premiê. Dlamini recebeu tratamento na África do Sul, país com melhores condições de saúde.

Nesta quarta (16), o reino de Eswatini soma cerca de sete mil casos confirmados de infecção por Covid-19 e 132 mortes, conforme o levantamento da Universidade Johns Hopkins.

O país da África Austral – antes conhecido como Suazilândia – possui 1,2 milhão de habitantes. Cerca de 40% da população vivia abaixo da linha da pobreza em 2017, conforme o Banco Mundial.

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