No Peru, 13 chapas já estão confirmadas para disputar Presidência

Com prazo final em fevereiro, Peru já recebeu 22 inscrições de chapas à presidência; eleição deve ocorrer em 11 abril

A Justiça Eleitoral do Peru deferiu a inscrição de 13 chapas para as eleições presidenciais do país, confirmou a agência de notícias estatal Andina nesta quarta-feira (13). O pleito está agendado para 11 de abril.

Das 22 inscritas, quatro já tiveram seus pedidos negados e cinco permanecem em avaliação do órgão. O processo de inscrição vai até 10 de fevereiro.

Com 24 partidos, o sistema peruano exige excepcional capacidade de negociação do chefe do Executivo por sua fragmentação. Também só conta com uma Casa parlamentar, com 130 parlamentares.

No Peru, 13 chapas já estão confirmadas para disputar presidência
Eleitora escolhe candidato do partido na capital do Peru, Lima, em dezembro de 2020 (Foto: Agência de Notícias Andina)

Regido por um sistema quase parlamentar, com a presença de um “presidente do Conselho de Ministros”, além do presidente, o Peru espera renovar seu fragmentado Parlamento após um ano conturbado.

O país terminou 2020 com o impeachment do ex-presidente Martín Vizcarra, em novembro.

Ao assumir o posto, o impopular líder do Congresso, Manuel Merino, foi convencido pelos próprios correligionários a ceder o cargo ao então deputado Francisco Sagasti.

Sagasti deve disputar o pleito pelo partido Morado. Da mesma sigla, Julio Guzmán e Flor Aidée Pablo Medina também estão na corrida pela vaga. Já a chapa apoiada por Vizcarra lança Daniel Salaverry, Matilde Fernández Flores e Jorge Luis Pérez Flores pela coalizão Peru Firme.

Outra candidata é a filha do ex-ditador peruano Alberto Fujimori, Keiko, que já foi presa e enfrenta processo por corrupção.

Ao todo, mais de três mil candidatos estão inscritos para o Parlamento. Ao menos 215 enfrentam processos por furto, violência doméstica e falta de pagamento de pensão alimentícia.

Além da eleição, movimentos sociais do Peru pedem que as seções eleitorais reservem uma segunda urna para iniciar um processo de alteração na atual Constituição do país. O texto foi promulgado ainda durante a ditadura de Fujimori, em 1993.

Na corrida presidencial, o cabeça de chapa é o candidato à Presidência, enquanto os demais se candidatam a vice.

Outros candidatos

O partido Força Popular, líder da ala mais conservadora, já inscreveu Luis Fernando Galarreta Velarde e Carmen Patricia Juárez Gallegos.

Entre os partidários do ex-presidente Alan García devem concorrer Nidia Vílchez, Hildebrando Hidalgo Romero e Olga Cribilleros.

No Ação Popular – agremiação que mais ocupou a presidência na história do Peru –, Yonhy Lescano, Gisela Tipe de la Cruz e Luis Alberto Velarde Yáñez disputam o cargo.

Entre os progressistas, Verónika Mendoza, José Antonio de Echave Cáceres e Luzmila Yalu Ayay devem disputar a liderança entre o Juntos pelo Peru.

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