O governo norte-americano anunciou nesta sexta-feira (24), dia em que a guerra da Ucrânia completa um ano, um novo e parrudo pacote de sanções contra indivíduos e entidades russos e de países terceiros. As penalizações, impostas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos EUA, visam a “diminuir a capacidade da Rússia de continuar sua guerra brutal e obter os recursos usados para apoiá-la”.
Washington não aponta suas novas punições somente contra Moscou. Também tem na mira o esquema que permite ao Kremlin driblar as sanções ocidentais. Assim, entre os punidos estão cidadãos e empresas de diversas nações, como Suíça, Itália, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e outras.
No caso específico da Rússia, as sanções mais uma vez visam a impedir a “capacidade do regime do presidente Vladimir Putin de levantar capital para apoiar a guerra contra a Ucrânia e isola ainda mais a Rússia do sistema financeiro global”.
Nesse sentido, o que diferencia o anúncio desta sexta-feira dos anteriores é que ele atinge o setor de metais e mineração da economia russa, com 22 indivíduos e 83 entidades punidos. Dessa forma, o governo norte-americano considera o pacote o “mais significativo até o momento” na guerra.
O comunicado divulgado pelo Tesouro também explica o alcance internacional dessas penalizações. “A evasão de sanções e outras atividades financeiras ilícitas geralmente envolvem o apoio de contadores, consultores de investimentos, empresas de gestão de patrimônio e private equity, advogados e outros provedores de serviços financeiros”, diz o texto.
São alvo dos EUA, portanto, “30 indivíduos e empresas de países terceiros ligados aos esforços de evasão de sanções da Rússia, incluindo aqueles relacionados ao tráfico de armas e financiamento ilícito”. A lista completa de empresas e indivíduos sancionados nesta sexta-feira está neste link.
“Nossas sanções tiveram impacto tanto de curto quanto de longo prazo, notado de forma aguda na luta da Rússia para reabastecer suas armas e em sua economia isolada. Nossas ações hoje com nossos parceiros do G7 mostram que ficaremos com a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, disse a secretária do Tesouro, Janet L. Yellen.