Rússia recusa pedido da ONU para acesso de ajuda a áreas inundadas na Ucrânia

Destruição da barragem de Kakhovka arrastou casas, destruiu sistemas de saneamento e esgoto e prejudicou o abastecimento de água

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente em inglês pela ONU News

Um alto funcionário da ONU (Organização das Nações Unidas) disse no domingo (18) que a Rússia até agora recusou pedidos para autorizar a entrada de ajuda a residentes de áreas controladas por Moscou no sul da Ucrânia afetadas pelo rompimento da barragem de Kakhovka.

A destruição no início deste mês da barragem da era soviética e da usina hidrelétrica, que ficam em uma área supostamente sob controle russo desde sua invasão em 2022, causou inundações no sul da Ucrânia, arrastando casas, destruindo sistemas de saneamento e esgoto e prejudicando o abastecimento de água.

Kherson inundada após a destruição da barragem de Kakhovka (Foto: WikiCommons)

Em um comunicado, a coordenadora humanitária Denise Brown prometeu que a ONU continuaria com os esforços de socorro “e faria todo o possível para alcançar todas as pessoas, incluindo aquelas que sofrem como resultado da recente destruição da barragem, que precisam urgentemente de assistência para salvar vidas, não importa onde eles estejam.”

A ONU também continuaria empenhada em buscar o acesso necessário.“Instamos as autoridades russas a agir de acordo com suas obrigações sob o direito humanitário internacional”, disse ela. “A ajuda não pode ser negada às pessoas que dela precisam”, disse Brown.

O esvaziamento do reservatório de Kakhovka deixou dezenas de milhares de pessoas no sul da Ucrânia sem acesso à água encanada, principalmente na região de Dnipro. O reservatório, um dos maiores da Europa, está 70% vazio, segundo autoridades ucranianas.

A largura do reservatório também diminuiu de três quilômetros para um, enquanto o nível da água está agora em torno de sete metros, bem abaixo do limite operacional de 12 metros, informou no final de semana passada o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).

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