Três corpos são achados após bombardeio russo em escola no leste da Ucrânia

Ataque ocorreu em Kramatorsk, na região de Donetsk. Governo ucraniano diz que 85 prédios residenciais foram danificados

Três corpos foram encontrados por equipes de emergência ucranianas nesta sexta-feira (22) em uma escola na cidade de Kramatorsk, no leste do país, região que foi alvo de um bombardeio russo na quinta (21). Enquanto isso, as ofensivas seguem em diversas partes do país, segundo informações da agência Associated Press.

“Os ataques russos a escolas e hospitais são muito dolorosos e refletem seu verdadeiro objetivo de reduzir cidades pacíficas a ruínas”, disse o governador regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko. Ele fez um apelo aos moradores para que evacuassem.

Segundo o gabinete do presidente ucraniano, além da escola, Kramatorsk teve 85 prédios residenciais danificados durante a ofensiva. Já na região de Dnipro, no centro do país, três escolas foram destruídas nos últimos ataques russos. 

Escola em Kramatorsk, na região de Donetsk, ficou em ruínas (Foto: Pavlo Kyrylenko/Reprodução Twitter)

Pelo lado de Moscou, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, tenente-general Igor Konashenkov, afirmou que ofensiva teve como objetivo destruir a base montada no educandário. Segundo ele, mais de 300 soldados ucranianos foram mortos no local. Um outro ataque destruiu um depósito de munições na zona industrial da cidade de Mykolaiv, no sul, acrescentou Konashenkov.

O porta-voz também relatou a destruição de quatro lançadores de foguetes de precisão Himars, fornecidos pelos Estados Unidos. Washington já entregou 12 desses equipamentos às forças ucranianas e promete enviar outros quatro.

Um alto funcionário de defesa dos EUA, que falou à reportagem sob condição de anonimato, questionou a veracidade da fala de Konashenkov. Segundo ele, “a Rússia ainda não destruiu um único sistema Himars, mas é provável que ‘tenha sorte’ e o faça em algum momento”.

Poder de fogo em baixa

Nesta sexta (22), o Ministério da Defesa britânico disse acreditar que a Rússia está enfrentando “escassez crítica” de mísseis de ataque terrestre e, por conta disso, aumentou o uso de mísseis de defesa aérea “no modo de ataque ao solo secundário”. 

Segundo o órgão governamental, é “quase certo” que Moscou tenha implantado sistemas estratégicos de defesa aérea S-300 e S-400 projetados para abater aeronaves e mísseis a longa distância, e que há uma “grande chance” de eles perderem seus alvos pretendidos, causando baixas civis.

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