Na marca do terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, na segunda-feira (24), uma reviravolta nas negociações de paz começou a tomar forma. O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que o líder russo, Vladimir Putin, aceitaria a presença de forças de paz europeias em território ucraniano como parte de um possível acordo para encerrar o conflito. A declaração foi feita durante um encontro na Casa Branca com o presidente francês, Emmanuel Macron, segundo a rede Euronews.
A suposta disposição de Putin contrasta fortemente com declarações anteriores do embaixador russo no Reino Unido, que há apenas três dias rejeitou categoricamente a ideia de forças britânicas na Ucrânia após o conflito. O aparente recuo de Moscou levanta questões sobre as motivações por trás dessa mudança abrupta de postura em relação às forças internacionais de paz.

Trump expressou otimismo também em relação a um acordo envolvendo minerais raros ucranianos, apesar das negociações iniciais terem sido rejeitadas por Kiev. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou uma proposta inicial dos EUA, que pedia uma participação de 50% nos lucros gerados pelos recursos minerais, afirmando que “não pode vender a Ucrânia”.
A rejeição veio junto com a observação de que os EUA não forneceram ajuda militar ou financeira proporcional ao valor demandado, nem ofereceram garantias de segurança específicas. A ausência de Kiev e de oficiais europeus em discussões preliminares lideradas pelos EUA com funcionários russos na Arábia Saudita também causou consternação generalizada, com críticas à abordagem unilateral de Trump.
No entanto, em meio à tensão nas negociações, a Europa se mostra pronta para desempenhar um papel mais assertivo na defesa do continente. Macron enfatizou o compromisso europeu com a defesa e a necessidade de garantias sólidas para uma paz duradoura.
“A Europa vai garantir que nada aconteça,” afirmou Trump, sem especificar se o emergente acordo incluiria as garantias de segurança americanas esperadas por Kiev.