Turquia acusa o PKK de orquestrar explosão que deixou seis mortes em Istambul

Grupo separatista curdo é considerado uma organização terrorista pelos EUA e tem sido um dos principais focos da política de segurança de Ancara

O governo da Turquia culpa o PKK  (Partido dos Trabalhadores Curdos) pelo atentado a bomba que matou seis pessoas e deixou dezenas de feridos no domingo (13), em uma popular rua de comércio de Istambul. As informações são do site The Defense Post.

“Podemos estar errados se dissermos com certeza que isso é terror. Mas, de acordo com os primeiros sinais, há um cheiro de terror lá”, disse o presidente Recep Tayyip Erdogan, que assim como o governo dos EUA classifica o PKK como uma organização terrorista.

De acordo com o governo turco, uma mulher suspeita de ter plantado a bomba foi presa, e a partir dela foi possível responsabilizar o grupo. “De acordo com nossas descobertas, a organização terrorista PKK é responsável”, disse o ministro do Interior turco, Suleyman Soyl.

Combatente do PKK em agosto de 2015 (Foto: Divulgação/ Kurdishstruggle)

O ministro da Justiça, Bekir Bozdag, deu mais detalhes sobre o ocorrido “Uma mulher estava sentada em um dos bancos por mais de 40 minutos e depois se levantou. Um ou dois minutos depois, ocorreu uma explosão”, disse ele. “Existem duas possibilidades: há um mecanismo colocado nesta bolsa e ela explode, ou alguém a explode remotamente”.

O PKK luta pela autonomia curda na Turquia, é classificado pelo governo do presidente Recep Tayyip Erdogan como grupo terrorista e é um dos principais focos da política de segurança nacional do governo. Ancara alega que, ao longo de 35 anos, a “campanha de terror” da milícia curda já matou mais de 40 mil civis e militares.

Inclusive, o grupo radical está no centro do debate sobre a entrada da Finlândia e da Suécia na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Isso porque a Turquia acusa as nações escandinavas de dar abrigo a membros do PKK e por isso continua vetando os dois novos membros, vez que a aceitação precisa ser unânime entre os membros da aliança.

Após o ataque do final de semana, diversas nações manifestaram apoio e ofereceram condolências à Turquia. Entre elas os EUA, através da secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. “Estamos lado a lado com nossa Turquia, nossa aliada na Otan, no combate ao terrorismo”.

O presidente francês Emmanuel Macron adotou o mesmo tom em sua mensagem aos turcos: “Nós compartilhamos sua dor. Estamos com você na luta contra o terrorismo”.

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