Crianças yazidi reféns do EI enfrentam grave crise de saúde

Vítimas foram sequestradas e torturadas; a maioria voltou para casa com estresse pós-traumático e ansiedade

Cerca de duas mil crianças yazidi resgatadas no Iraque, após serem mantidas em cativeiro pelo Estado Islâmico, enfrentam grave crise de saúde física e mental. A condição foi denunciada em um relatório da Anistia Internacional, publicado em 30 de julho.

Principais vítimas da comunidade yazidi, crianças enfrentam doenças físicas e mentais (Foto: Anistia Internacional/Adam Ferguson)

A comunidade yazidi é alvo dos extremistas há anos. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o grupo promoveu genocídio contra essa população entre 2014 e 2017.

De acordo com o material, as crianças foram sequestradas, torturadas, forçadas a lutar na guerra, estupradas e sujeitas a inúmeros outros abusos pelo grupo extremista.

Impactos severos

As crianças sobreviventes retornaram às suas famílias com lesões debilitantes, doenças e deficiências físicas.

Entre as condições de saúde mental mais comuns estão o estresse pós-traumático, além de transtornos de ansiedade e depressão.

Como consequência, seus comportamentos são extremamente agressivos, com afastamento e severas mudanças de humor.

Ao pedir apoio das autoridades nacionais iraquianas e também da comunidade internacional, o vice-diretor da Anistia Internacional, Matt Wells, afirmou que as crianças enfrentam um “legado de terror”.

“Sua saúde física e mental deve ser uma prioridade nos próximos anos se quiserem se reintegrar totalmente em suas famílias e comunidades.”

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