Entre as sequelas do conflito entre o Iraque e o Estado Islâmico, entre 2014 e 2017, estão os milhões de iraquianos sem casas e forçados se deslocar para outros lugares.
Agora, já é possível voltar. Mas os residentes deslocados de aldeias iraquianas, como a de Buwaiter, no norte do país, têm de lidar com os escombros das casas e prédios destruídos pelo conflito.
Na região, a OIM (Organização Internacional para as Migrações) estima que ainda existam cerca de 100 mil deslocados internos. A maioria vive em dois campos para desalojados, mas o prefeito da aldeia quer atrair essas pessoas de volta.
Para lidar com os dois problemas de uma vez, o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) vem trabalhando com parceiros para transformar os escombros em construções.
As autoridades de Kirkuk, onde fica a aldeia de Buwaiter, estima que o conflito gerou oito milhões de toneladas de destroços na cidade. Cerca de dois terços desse total consistem em concreto, blocos e pedras que podem ser reaproveitados.
O projeto é o segundo do tipo no Iraque e segue o esquema lançado em Mosul, no ano passado. A reciclagem torna mais barata a construção de uma nova estrutura. Também ajuda resolver o problema do lixo e das emissões de carbono, causadas pela produção e transporte de materiais.