O governo do Iraque, através do INSS (Serviço de Segurança Nacional do Iraque, da sigla em inglês), anunciou na segunda-feira (19) a prisão do “Emir de Bagdá”, terrorista que ocupava um papel de liderança dentro do Estado Islâmico (EI) na capital iraquiana. As informações são do site local Rudaw.
O INSS usou sua página no Facebook para publicar um vídeo da missão que levou à prisão do “Emir”, bem como da posterior confissão feita pelo acusado.
O título de “Emir” dentro do grupo jihadista remete a um papel de liderança. O terrorista preso nesta segunda ocupava essa posição não apenas em Bagdá, mas também em Raqqa, na Síria, cidade que o EI dominou e autoproclamou sua capital nacional em 2014, antes de ser expulso pelas forças de coalizão.
O “Emir” tinha como principal função a de recrutar novos combatentes. No ato da prisão, ele teria confessado o planejamento de uma série de ataques terroristas a serem empreendidos na capital do Iraque. Ele se juntou ao EI em 2011, três anos depois de ingressar no grupo terrorista conhecido como Ansar al-Sunn.
EI derrotado
O Iraque vê um crescimento da violência partindo do EI (Estado Islâmico), que concentra suas ações no chamado Triângulo da Morte, entre as províncias de Diala, Saladino e Kirkuk. As forças nacionais têm intensificado o combate à milícia nessa região.
Em 2017, o exército anunciou ter derrotado o EI no Iraque, com a retomada de todos os territórios dominados pela milícia desde 2014. O grupo, que já chegou a controlar um terço do território iraquiano, hoje mantém apenas células adormecidas que lançam ataques esporádicos.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.