O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o português António Guterres, condenou veementemente no domingo (19) um ataque em Kidal, cidade no norte do Mali, contra um comboio de forças de paz da entidade que tirou a vida de um soldado guineense.
O integrante da força de paz foi morto por um dispositivo explosivo improvisado (IED, na sigla em inglês), que detonou durante uma operação de detecção de minas da Minusma (Missão de Estabilização da ONU no Mali).
“O secretário-geral transmite suas sinceras condolências à família da vítima e a seus irmãos de armas, bem como ao povo e autoridades da Guiné”, disse o porta-voz adjunto Farhan Haq, em uma mensagem em nome do chefe da ONU.
Guterres lembrou que, de acordo com a lei internacional, ataques contra forças de paz da ONU podem constituir crimes de guerra. Ele pediu às autoridades malianas que “não poupem esforços” na identificação dos perpetradores, para que possam ser rapidamente levados à justiça.
“O secretário-geral reafirma a solidariedade das Nações Unidas com o povo e as autoridades do Mali em sua busca pela paz e segurança”, conclui a mensagem.
Tropas de paz na mira
Ao mesmo tempo, o Representante Especial da ONU para o Mali e chefe da Minusma, El-Ghassim Wane, também denunciou com firmeza o ataque e estendeu suas mais profundas condolências ao governo do pacificador falecido e sua família.
Desde o início do ano, vários ataques envolvendo IEDs foram registrados contra funcionários uniformizados da Minusma, matando vários soldados da paz e ferindo outros.
“Este último incidente ilustra, mais uma vez, a complexidade do ambiente em que a Missão opera e dos desafios de segurança que enfrenta diariamente”, disse o Wane. “Saúdo o compromisso de nossas equipes de descarte de explosivos que colocam suas vidas em risco para preservar as de seus colegas e da população civil. O papel deles é crucial para a condução de nossas operações”.
O Representante Especial reafirmou o compromisso da Missão de continuar a implementar o seu mandato na busca da paz e segurança no Mali.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News