Ciclone Eloíse já deixa mortos e um milhão de desabrigados em Moçambique

Seis pessoas morreram após a passagem do ciclone nas regiões centro e sul do país africano desde domingo (24)

O ciclone tropical Eloíse já deixou 1,5 milhão de desabrigados e seis mortos nesta segunda-feira (25), nas regiões central e sul de Moçambique, registrou a emissora portuguesa RTP.

As autoridades moçambicanas alertaram que mais de 35 mil famílias foram afetadas pelas fortes chuvas e ventos, que chegaram a 150 quilômetros por hora. Várias comunidades estão submersas e estradas ficaram interditadas.

O desastre climático acentua a crise de Moçambique. Outra tempestade tropical, Chalane, atingiu a região central do país no final de dezembro e provocou a morte de quatro pessoas e outros milhares de deslocados.

Ciclone Eloíse já deixa mortos e 1 milhão de desabrigados em Moçambique
Registros do ciclone tropical Eloíse na cidade de Beira, na região central de Moçambique, em 24 de janeiro de 2021 (Foto: Twitter/Unicef Moçambique)

O Ocha (Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU) alertou que os recursos estão escassos devido à tempestade recente e as remessas enviadas a Cabo Delgado, que tenta resistir a ataques extremistas.

Agências humanitárias chegaram a retirar 400 famílias de uma área de risco ao longo do rio Buzi. O grupo deve permanecer em assentamentos improvisados até que possam voltar às suas casas, registrou a ONU (Organização das Nações Unidas).

Após atingir Moçambique, Eloíse deve perder força. A previsão, contudo, é que a tempestade gere fortes chuvas para o leste da África do Sul, sul do Zimbabué e extremo leste de Botsuana.  

Antes de Moçambique, o ciclone passou pelo norte de Madagascar. Há registro de uma morte e cerca de 190 casas destruídas. No Zimbábue, alguns dos principais rios deverão chegar ao ponto máximo, na próxima semana. A previsão é de cheias na fronteira do país. 

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