O ciclone tropical Eloíse já deixou 1,5 milhão de desabrigados e seis mortos nesta segunda-feira (25), nas regiões central e sul de Moçambique, registrou a emissora portuguesa RTP.
As autoridades moçambicanas alertaram que mais de 35 mil famílias foram afetadas pelas fortes chuvas e ventos, que chegaram a 150 quilômetros por hora. Várias comunidades estão submersas e estradas ficaram interditadas.
O desastre climático acentua a crise de Moçambique. Outra tempestade tropical, Chalane, atingiu a região central do país no final de dezembro e provocou a morte de quatro pessoas e outros milhares de deslocados.
O Ocha (Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU) alertou que os recursos estão escassos devido à tempestade recente e as remessas enviadas a Cabo Delgado, que tenta resistir a ataques extremistas.
Agências humanitárias chegaram a retirar 400 famílias de uma área de risco ao longo do rio Buzi. O grupo deve permanecer em assentamentos improvisados até que possam voltar às suas casas, registrou a ONU (Organização das Nações Unidas).
Após atingir Moçambique, Eloíse deve perder força. A previsão, contudo, é que a tempestade gere fortes chuvas para o leste da África do Sul, sul do Zimbabué e extremo leste de Botsuana.
Antes de Moçambique, o ciclone passou pelo norte de Madagascar. Há registro de uma morte e cerca de 190 casas destruídas. No Zimbábue, alguns dos principais rios deverão chegar ao ponto máximo, na próxima semana. A previsão é de cheias na fronteira do país.