ONU: Conselho de Segurança debate crise no Mali após prisão de líderes interinos

Presidente do país africano foi preso, o que levou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a se reunir

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONUNews, da Organização das Nações Unidas

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) realizou esta quarta (26) uma reunião a portas fechadas para debater a situação do Mali, após a prisão do presidente de transição, Bah N’daw, e do primeiro-ministro, Moctar Ouane, pelos militares do país africano.

O representante especial do secretário-geral e chefe da Minusma (Missão de Estabilização Integrada Multidimensional da ONU), El-Ghassim Wane, participa do encontro solicitado pela França e pelo grupo A3 +1, que reúne Quênia, Níger, Tunísia e São Vicente e Granadinas.

ONU: Conselho de Segurança debate crise no Mali após prisão de líderes interinos
Membros da operação de paz da ONU atuam durante a crise política no Mali (Foto: Minusma/Gema Cortes/Divulgação)

Crise

As Nações Unidas participam da atuação da Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) com a União Africana e outros nomes da arena internacional que apoiam a transição política no Mali.

A operação de paz da ONU anunciou que continua acompanhando os últimos acontecimentos no país, após a ação de segunda-feira. Uma das prioridades da Minusma é ter acesso aos detidos e verificar as condições em que se encontram.

A missão da ONU exige garantias de que sejam observados os direitos e liberdades fundamentais dos detidos, como previsto nas regulamentações internacionais de direitos humanos.

O primeiro-ministro do Mali, Moctar Ouane, na sua posse no dia 27 de setembro de 2020 (Foto: Reprodução/Africa News)

Profunda preocupação

Em declaração conjunta, o comitê local de monitoramento da transição expressou profunda preocupação com a situação.

Na declaração do órgão, reunindo Minusma, Cedeao e União Africana, juntou-se a comunidade internacional, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.

O grupo enfatizou que os militares que realizaram as detenções serão considerados pessoalmente responsáveis pela segurança dos líderes civis. O grupo reafirmou o apoio às autoridades de transição e pediu a retomada do processo e para que ele seja concluído dentro do prazo.

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