República Democrática do Congo declara fim do último surto de Ebola

Houve quatro casos confirmados e um caso provável, sendo que todos os pacientes morreram

A República Democrática do Congo (RDC) declarou o fim de seu 14º surto de Ebola após menos de três meses, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde) na segunda-feira (4). Houve quatro casos confirmados e um caso provável, sendo que todos os pacientes morreram.

O surto foi o terceiro na província de Equateur, noroeste do país. No surto anterior, que durou de junho a novembro de 2020, houve 130 casos confirmados e 55 mortes.

“Graças à resposta robusta das autoridades nacionais, este surto foi rapidamente encerrado com transmissão limitada do vírus”, disse Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África.

Segundo a OMS, o surto recém-terminado viu um total de 2.104 pessoas vacinadas, incluindo 302 contatos e 1.307 trabalhadores da linha de frente.

Para facilitar a implementação da vacinação, um freezer foi instalado em Mbandaka, o que permitiu que as doses de vacina fossem armazenadas localmente e com segurança e fossem entregues de forma eficaz.

Homem recebe vacina ao Ebola na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, em janeiro de 2020 (Foto: Banco Mundial/Vincent Tremeau)

A República Democrática do Congo já registrou 14 surtos de Ebola desde 1976, seis dos quais ocorreram desde 2018.

“A África está vendo um aumento no Ebola e outras doenças infecciosas que saltam de animais para humanos, afetando grandes áreas urbanas”, disse Moeti.

Observando que “lições cruciais foram aprendidas” de surtos anteriores e que foram aplicadas para implantar uma resposta ao Ebola cada vez mais eficaz, Moeti enfatizou: “Precisamos estar cada vez mais vigilantes para garantir que detectemos casos rapidamente. Essa resposta ao surto mostra que, ao reforçar a preparação, a vigilância de doenças e a detecção rápida, podemos ficar um passo à frente”.

A agência de saúde da ONU apoiou a RDC na implementação de uma forte estratégia nacional desenvolvida desde o início para orientar a coordenação da resposta; descentralizar as operações ao nível mais baixo para trabalhar em estreita colaboração com as comunidades; basear a resposta em evidências; e analisar regularmente o risco epidemiológico para ajustar rapidamente a resposta.

Embora o surto em Mbandaka tenha sido declarado encerrado, as autoridades de saúde mantêm a vigilância e estão prontas para responder rapidamente a qualquer evento. Não é incomum que casos esporádicos ocorram após um surto, alertou a OMS.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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