Somália expulsa embaixador do Quênia ao alegar ‘interferência eleitoral’

O governo somali acusa o diplomata queniano de renegar acordo eleitoral em Jubbaland, região de disputa

O governo da Somália expulsou o embaixador do Quênia no país e o agora o acusa de interferência em processo eleitoral regional, disse a Reuters nesta segunda (30).

Além de expulsar o diplomata queniano, a Somália também exortou o retorno do enviado somali a Nairóbi.

Em nota, o governo somali afirma que o presidente regional de Jubbaland renegou o “acordo eleitoral firmado em 17 de setembro”. Não fica claro, no entanto, qual é o acordo e como ele foi quebrado.

O pleito para escolher os novos membros do Senado regional está previsto para iniciar nesta segunda-feira (1) até em Jubbaland, um dos cinco Estados semi-autônomos da Somália, na disputada fronteira entre os dois países.

Somália expulsa embaixador do Quênia ao alegar 'interferência eleitoral'
Vista aérea do porto de Kismayo, na Somália, em outubro de 2012 (Foto: WikiCommons/AMISOM Public Information)

Nairóbi e Mogadíscio discordam sobre a propriedade de depósitos de petróleo e gás na região, incluindo o porto de Kismayo, a principal porta de entrada somali.

Até esta terça (1), o Ministério das Relações Internacionais do Quênia negou ter recebido qualquer comunicado oficial sobre a expulsão do embaixador da Somália. O país ainda afirmou que as alegações são “infundadas”.

Essa não é a primeira retirada de embaixadores entre os dois países. Em fevereiro de 2019, o Quênia exigiu o retorno de seu diplomata depois que Mogadíscio decidiu leiloar blocos de exportação de petróleo na região. Os países restabeleceram as relações há um ano.

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